Halloween revela o despertar do Mal-Estar Militar nas ruas em meio a punições e multas aplicadas a Bolsonaro e Braga Netto

No Halloween deste ano, o maior susto foi causado pelo “Mal-Estar Militar”. Esse fantasma, que estava praticamente esquecido, ressurgiu quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu confirmar a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro e do general Braga Netto, seu ex-ministro da Defesa. Outra punição aplicada foi uma multa em centenas de milhares de reais para os dois.

Para o “Mal-Estar Militar”, desrespeitar as regras democráticas não é motivo de preocupação. Pelo contrário, ele se diverte com suas travessuras, como vestir sua roupa verde-oliva, óculos escuros Ray-Ban e conduzir um tanque com escapamento soltando fumaça preta. O que realmente o incomoda é ser punido pelos seus desmandos.

Apesar de alguns considerarem o “Mal-Estar Militar” apenas uma fantasia de Halloween, algumas pessoas temem o que se esconde por trás dessa figura. A proximidade entre o Dia das Bruxas e o Dia dos Mortos não deixa ninguém esquecer o período recente em que as balas disparadas por esse fantasma eram de chumbo.

Essa proximidade não é mera coincidência. O Halloween tem raízes na tradição católica, apesar de sua festividade ter adquirido características pagãs ao longo dos anos. O termo “Halloween” é uma abreviação de “All Hallows Even”, que significa véspera de Todos os Santos. A festa pagã Samhain, comemorada na Grã-Bretanha, foi incorporada ao calendário cristão pelo papa Gregório 3º no século 8. A fixação do Dia de Finados em 2 de novembro ocorreu posteriormente, no século 13.

Portanto, é inútil e até grosseiro tentar combater o sucesso do Halloween, justificando-o como uma forma de “entreguismo cultural”. Essa festa já faz parte da cultura popular globalizada e é impossível ignorá-la. Em vez disso, seria mais proveitoso incorporar elementos da cultura brasileira, como o Saci-Pererê, às comemorações do Halloween.

Desejo boas férias aos leitores. Até 7 de dezembro!

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