As homenageadas deste ano são mulheres que se destacaram em suas áreas de atuação e tiveram um papel fundamental na luta pelos direitos das mulheres. A primeira delas é Aparecida Gonçalves, atual ministra das Mulheres, que é especialista em gênero e em enfrentamento à violência contra mulheres e atua como ativista na defesa dos direitos femininos há mais de 40 anos.
Outra homenageada é Flávia Gonzaga Costa Chagas, economista e empresária, que atua como conselheira do Senai, onde trabalha para apoiar decisões que beneficiem os jovens, como oportunidades de desenvolvimento e capacitação para o mercado de trabalho e o acesso ao primeiro emprego.
Leila de Andrade Linhares Barsted, advogada com atuação desde os anos 1970, também será homenageada. Ela teve participação ativa no movimento feminista do estado do Rio de Janeiro e contribuiu para iniciativas como a campanha “Quem Ama Não Mata”, que luta contra a impunidade dos agressores de mulheres.
Maria Luiza Fontenele, professora universitária, também será homenageada por sua participação na implantação do curso de Ciências Sociais na Universidade de Fortaleza e por ter sido a primeira mulher brasileira eleita prefeita de uma capital, Fortaleza, em 1985.
Por fim, a última homenageada é Rosa Weber, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça. Ela tem trabalhado em ações visando mitigar as vulnerabilidades das questões de gênero, da comunidade LGBTQIA+ e das questões raciais.
A sessão solene está marcada para as 10 horas no Plenário Ulysses Guimarães. Durante o evento, será prestada uma homenagem especial a Carlota Pereira de Queirós, que foi médica, escritora, pedagoga e política, além de ter sido a primeira mulher brasileira a votar e ser eleita deputada federal na história do país.
Carlota Queirós foi eleita pelo estado de São Paulo em 1934 e participou dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, entre 1934 e 1935. Durante seu mandato, ela se dedicou à defesa dos direitos das mulheres e das crianças, lutando por melhorias educacionais que beneficiassem as mulheres. Infelizmente, seu mandato foi interrompido pelo golpe de 1937, quando Getúlio Vargas fechou o Congresso.
O diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós é um reconhecimento importante para essas personalidades que contribuíram para o avanço dos direitos femininos no Brasil. A homenagem é um incentivo para que mais mulheres continuem lutando pela igualdade de gênero e pelo pleno exercício da cidadania em nosso país.
