O relatório propõe o indiciamento de Bolsonaro por associação criminosa, violência política, abolição do estado democrático de direito e golpe de Estado. A relatora afirmou, no documento, que o ex-presidente tem responsabilidade direta como mentor moral dos ataques, destacando sua constante descredibilização do processo eleitoral ao longo de sua carreira política. A atuação do hacker Walter Delgatti Neto e a reunião de Bolsonaro com embaixadores sobre as eleições também foram mencionadas.
A senadora Eliziane Gama expressou logo na introdução do extenso relatório, que possui mais de 1.300 páginas, a importância do nome do ex-presidente Jair Bolsonaro e classificou os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro como “o maior ataque à democracia da história recente”. Ela os descreveu como ações de vândalos e pessoas inconformadas com o resultado das eleições de outubro de 2022.
Além disso, a relatora destacou que os eventos de 8 de janeiro não foram ações isoladas e lembrou os episódios de 12 de dezembro do ano passado, com a tentativa de invasão da sede da Polícia Federal, e de 24 de dezembro, com a colocação de uma bomba nas proximidades do aeroporto de Brasília. Esses acontecimentos evidenciam uma sequência de episódios violentos que culminaram nos ataques aos poderes.
Outros nomes mencionados no relatório foram os dos generais Walter Braga Neto, ministro da Defesa, e Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo Bolsonaro, que também tiveram pedidos de indiciamento feitos pela relatora da CPMI.
A leitura do parecer continua no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado, e novas informações serão divulgadas em breve.
Este texto foi escrito por Cláudio Ferreira e editado por Natalia Doederlein.