General afirma empenho do Exército para solucionar sumiço de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo.

No último dia 10, foram constatadas 21 metralhadoras desaparecidas do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), em Barueri, na Grande São Paulo. O general Tomás Paiva, comandante do Exército, garantiu à Folha que a Força está empenhada em solucionar o caso e punir os responsáveis.

Diferente das primeiras informações divulgadas, a hipótese de uma contagem errada foi descartada pelo Comando Militar do Sudeste, responsável pela apuração. As principais suspeitas agora são de furto ou extravio das armas. Para acompanhar as investigações, o general Achilles Furlan, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia da caserna, foi deslocado de Brasília para São Paulo.

De acordo com o Exército, durante uma contagem, foi constatada a falta de 13 metralhadoras antiaéreas de calibre .50 e oito de calibre 7,62. Essas armas estavam em fase de reparos no Arsenal de Guerra, consideradas “inservíveis” pela Força.

Os armamentos em questão têm uma manutenção extremamente complexa e estavam sob responsabilidade do Arsenal de Guerra. Essa unidade é responsável por realizar o processo de desfazimento e destruição das armas que não podem ser reparadas.

Para auxiliar nas investigações, cerca de 480 militares, entre oficiais, soldados e praças, estão aquartelados na unidade desde que o sumiço das metralhadoras foi detectado. Eles estão sendo ouvidos no inquérito que busca novos dados relevantes para o caso.

No último domingo (15), familiares foram autorizados a visitar os militares aquartelados e levar alimentos e roupas para eles. Até então, o Exército estava tentando entender se as armas foram furtadas, desviadas ou se houve um erro na contagem anterior.

A Procuradoria-Geral de Justiça Militar divulgou uma nota informando que o promotor de Justiça Militar Luís Antonio Grigoletto recebeu uma ligação do general Pedro Celso Coelho Montenegro, comandante da 2ª Região Militar, na qual foi relatada a incerteza sobre o furto, desvio ou erro na contagem das armas. A possibilidade de uma contagem errada foi descartada após uma nova análise. O Ministério Público Militar está acompanhando as investigações.

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