Aumento da tensão entre Israel e Hezbollah preocupa EUA e intensifica temor de escalada regional do conflito

No domingo, 15, a tensão entre Israel e o grupo terrorista Hamas atingiu um novo patamar, aumentando os temores de uma escalada regional do conflito. O Exército israelense e o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, trocaram intensos disparos no norte do país, e os EUA expressaram preocupação com um possível envolvimento direto de Teerã. Em resposta, os americanos enviaram mais armas para Israel e um segundo porta-aviões para a região.

Foi o dia mais violento desde o início do conflito, com um ataque do Hezbollah matando uma pessoa em uma cidade israelense. Mísseis antitanque e foguetes foram lançados ao longo do dia, e soldados de ambos os lados trocaram fogo. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que seu país não deseja um novo conflito com o Hezbollah, mas que o grupo precisa estar atento às consequências.

O Irã, principal patrocinador do Hezbollah e aliado do Hamas, fez ameaças diante da situação. O chanceler iraniano, Hossein Amirabdollahian, afirmou que “se a agressão sionista não parar, as mãos de todos os envolvidos estão no gatilho”. Em entrevista à Al-Jazeera, ele disse que seu país não pode ser apenas um observador e que “danos significativos serão infligidos aos EUA” caso a guerra se expanda.

Diante dessas ameaças, os EUA decidiram aumentar sua presença militar na região. O Pentágono está dobrando o poder de fogo americano no Oriente Médio e deslocou um segundo porta-aviões para o Mediterrâneo oriental, com o objetivo de impedir ações hostis contra Israel e evitar uma ampliação do conflito. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin, afirmou que também estão enviando aviões de ataque terrestre adicionais para a região do Golfo Pérsico.

Além disso, o Pentágono enviou uma pequena equipe de forças de Operações Especiais para Israel, com o objetivo de auxiliar na inteligência e no planejamento de operações para localizar e resgatar os reféns que o Hamas mantém em seu poder. Entre os reféns está a jovem Celeste, de 18 anos, filha e neta de brasileiros.

Enquanto a crise continua, os moradores de Gaza aguardam a definição de um corredor humanitário, pois estão sob a expectativa de uma invasão israelense. A agência da ONU dedicada aos palestinos afirmou que não tem mais capacidade para prestar assistência, e o número de mortos já ultrapassa o da terceira guerra entre Israel e Hamas em 2014.

Além disso, as tensões também aumentaram na Cisjordânia ocupada, onde 55 palestinos foram mortos em confrontos com tropas israelenses desde o início do conflito. Os militares israelenses detiveram 330 pessoas na região, incluindo 190 agentes do Hamas. É importante ressaltar que o grupo opera em grande parte na clandestinidade devido ao controle de Israel sobre o território.

Enquanto Israel e o grupo Hezbollah continuam a trocar ameaças e ataques, a comunidade internacional segue preocupada com uma possível ampliação do conflito e suas consequências para a região. Os esforços diplomáticos para buscar uma solução pacífica se intensificam, mas ainda é incerto como essa crise será resolvida e quais serão os desdobramentos a curto e longo prazo.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo