Projeto de Lei prevê incentivo ao trabalho formal de familiares de beneficiários do BPC

A Câmara dos Deputados está analisando o Projeto de Lei 1206/23, que propõe a manutenção do pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) juntamente com um auxílio de R$200, por um período de 12 meses, caso algum familiar do titular do BPC consiga um trabalho formal com remuneração de até três salários mínimos. A autora da proposta é a deputada Dayany Bittencourt, do partido União-CE.

De acordo com a deputada Bittencourt, atualmente não existe nenhum incentivo para que os familiares dos titulares do BPC entrem no mercado de trabalho. Isso ocorre porque a renda per capita para ter acesso ao benefício é limitada a 1/4 do salário mínimo, podendo chegar a 1/2 salário mínimo. Dessa forma, os membros da família podem ter receio de perder imediatamente o direito ao benefício ao conseguir um emprego formal.

A deputada ressalta que essa situação acaba resultando em uma maior exclusão social das pessoas com deficiência e seus familiares em vários aspectos. Ela também destaca que uma mudança recente na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) já permitiu que pessoas com deficiência que recebam o BPC possam exercer uma atividade remunerada de até dois salários mínimos sem perder completamente o amparo do Estado.

A proposta atualmente encontra-se em tramitação na Câmara dos Deputados. Será analisada pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo.

Essa iniciativa tem como objetivo principal promover a inclusão social e econômica das pessoas com deficiência e suas famílias, incentivando a entrada no mercado de trabalho sem que isso represente uma perda imediata do Benefício de Prestação Continuada. Essa medida também busca diminuir a exclusão social enfrentada por esse grupo, garantindo que eles tenham a oportunidade de exercerem seus direitos e terem uma vida mais independente.

Cabe ressaltar que a proposta ainda está em análise e deverá ser debatida e votada pelas comissões competentes antes de seguir para apreciação no Plenário. A decisão final caberá aos deputados, que irão avaliar os impactos e benefícios da proposta para a sociedade como um todo.

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