A Livraria Saraiva já vinha passando por dificuldades há algum tempo. No dia 20 de novembro, a empresa fechou suas últimas lojas e demitiu seus funcionários. A rede, que chegou a ser a maior do Brasil, com cerca de 100 livrarias, encontrava-se em recuperação judicial e ainda possuía cinco lojas físicas. No entanto, devido à impossibilidade de cumprir o plano de recuperação judicial, o juiz responsável pelo caso decretou a falência da empresa.
A história da Saraiva remonta a 1914, quando o imigrante português Joaquim Ignácio da Fonseca Saraiva abriu uma pequena livraria de livros usados em São Paulo. Ao longo dos anos, a empresa se expandiu, inaugurando lojas em shoppings e se tornando uma referência no mercado editorial brasileiro. No entanto, nos últimos anos, a empresa enfrentou diversas dificuldades, como a recessão do mercado editorial e a crise macroeconômica do país.
Em 2018, a Saraiva iniciou o fechamento de suas lojas e pediu recuperação judicial, seguindo os passos da Livraria Cultura. A crise se agravou com a pandemia e, em 2021, a empresa entrou com dois pedidos de recuperação judicial, buscando soluções para sua situação financeira. No entanto, o descumprimento do plano de recuperação e a incapacidade de se reerguer levaram à decretação da falência.
Com o fechamento das últimas lojas físicas da Saraiva, encerra-se uma parte importante da história da principal rede de livrarias do Brasil. Resta agora saber se a empresa conseguirá reerguer-se no ambiente online, onde muitas livrarias têm encontrado espaço e sucesso. A trajetória iniciada em 1914, com uma pequena livraria de livros usados, poderá ganhar uma sobrevida nesse novo cenário.