Moreira Alves estava internado em um hospital particular da capital desde o dia 23 de outubro e a falência múltipla dos órgãos foi apontada como a causa de sua morte. O velório teve início às 10 horas da manhã e será encerrado às 15 horas. O sepultamento está marcado para as 16h30, no Cemitério Campo da Esperança, no túmulo da família do ministro aposentado.
Dentre as personalidades presentes, destaca-se a presença do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que interrompeu uma viagem a trabalho para o exterior ao saber da morte de Moreira Alves. Barroso ressaltou a importância do ministro falecido e o descreveu como uma das maiores lideranças que o tribunal já teve. Moreira Alves ocupou diversos cargos no Direito, incluindo o de Procurador-geral da República entre os anos de 1972 e 1975.
Durante seus 28 anos como ministro do STF, Moreira Alves participou de diversos momentos marcantes. Um dos mais importantes foi a declaração de abertura da Assembleia Nacional Constituinte, responsável pela elaboração da Constituição de 1988. Barroso recordou com admiração o discurso de instalação da Constituinte feito por Moreira Alves e destacou sua habilidade como debatedor.
Além de Barroso, outras autoridades também compareceram ao velório, como o vice-presidente do STF, ministro Edson Fachin, a procuradora-geral da República interina, Elizeta Ramos, e os ex-procuradores-gerais Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, Roberto Gurgel e Raquel Dodge.
A morte de Moreira Alves representa uma perda significativa para o meio jurídico e para o país como um todo. Sua trajetória marcada por importantes contribuições para o Direito e para a democracia brasileira será sempre lembrada e sua influência continuará a ser sentida no STF e na sociedade.