Desastre no Rio Grande do Sul atinge 1,3 milhão de pessoas, com 90 óbitos e 129 mil desalojados, impactando setor turístico.

Um desastre natural que ocorreu no Rio Grande do Sul já atingiu mais de 1,3 milhão de pessoas e 364 municípios devido às fortes chuvas, de acordo com um boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado nesta segunda-feira (06/05). O impacto foi devastador, resultando em 90 óbitos e 129 mil desalojados. Além dessas consequências trágicas, diversos setores foram afetados, incluindo o turismo, que registrou baixas no número de voos e hospedagens.

Agências de turismo do ABC estão acompanhando de perto a situação, observando como as companhias aéreas e hotéis lidam com reembolsos e remarcações para evitar prejuízos aos clientes. O vice-governador Gabriel Souza (MDB) fez um apelo nas redes sociais para que as pessoas evitem o chamado “turismo de desastre”, pedindo que não se desloquem para as áreas afetadas apenas para observar a situação.

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Alan Eloi, gerente da agência Teatur Viagens em Ribeirão Pires, destacou que o Rio Grande do Sul sempre foi um destino procurado pelos turistas, tanto pelo inverno quanto pelas festividades. Antes do desastre, a demanda por viagens para o Estado era alta. Apesar disso, nenhum cliente da agência viajou para o Sul durante os temporais.

Eloi ressaltou que as companhias aéreas ofereceram reembolso e possibilidade de troca de aeroporto, enquanto os hotéis permitiram remarcações e ofereceram créditos para outras viagens. A CVC também está arrecadando itens essenciais em suas lojas até o dia 12 de maio, visando ajudar as vítimas do desastre.

Além do impacto no setor turístico, o desastre no Rio Grande do Sul também terá repercussões econômicas. O Estado é responsável por grande parte da produção nacional de arroz, carne de frango e suínos, e a destruição das safras locais afetará os preços desses alimentos, causando possíveis aumentos na inflação. Estradas e pontes danificadas pelas chuvas também prejudicarão o escoamento dos produtos, impactando diversos setores da indústria nacional.

Segundo a CNM, as chuvas já causaram mais de R$ 967,2 milhões em prejuízos financeiros, com R$ 423,8 milhões apenas na agricultura, em 25 dos 364 municípios afetados. À medida que as águas baixam, o cálculo dos danos aumentará, evidenciando a extensão do desastre e a necessidade de apoio às comunidades locais.

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