De acordo com as investigações da Polícia Civil, Santos também é suspeito de integrar um grande esquema de lavagem de dinheiro, atuando em conjunto com Jesser Marques Fidelix, que já foi preso no mês passado por envolvimento no esquema de receptação. A dupla acumula uma extensa ficha criminal, com anotações por lesão corporal e envolvimento em processo por estelionato e associação criminosa.
A ação que resultou na prisão de Santos contou com o apoio das inteligências do Exército e da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Em outubro, oito das 21 armas furtadas do Arsenal de Guerra foram encontradas no bairro da Gardênia Azul, zona oeste do Rio, área controlada por uma narcomilícia ligada ao Comando Vermelho. Em novembro, mais duas metralhadoras foram recuperadas na Praia da Reserva.
A investigação apontou que as armas foram negociadas com as facções criminosas Comando Vermelho e PCC. O sumiço das armas do Arsenal de Guerra foi percebido durante uma inspeção em setembro, e o Exército afirmou que as armas furtadas estavam inservíveis e estavam no depósito de Barueri para manutenção.
Durante as investigações, o Exército puniu administrativamente 38 militares, com penas que variaram de 1 a 20 dias de prisão disciplinar. Sete militares foram apontados como suspeitos pelo furto ocorrido no quartel de Barueri durante o feriado da Independência. O desenrolar desse caso mostra a importância da atuação integrada das forças de segurança para combater o crime organizado e a criminalidade.