De acordo com as investigações, a polícia está apurando se os suspeitos confundiram o ortopedista Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, com Taillon de Alcantara Pereira Barbosa, de 26 anos, que é acusado de integrar a milícia de Rio das Pedras. Milicianos são criminosos que exploram o comércio local e cobram taxas de segurança ilegais. Além de ter uma fisionomia semelhante, Taillon morava a poucos metros do local do crime.
A polícia também está investigando se os suspeitos foram mortos pelo Comando Vermelho, facção criminosa que atua no Rio de Janeiro, após terem atirado em inocentes e o caso ter ganhado repercussão nacional. A narcomilícia da Gardênia Azul surgiu em 2021, após uma ruptura interna na milícia local, e se aliou ao tráfico de drogas da Cidade de Deus. A investigação aponta que os criminosos teriam fugido para o bairro Cidade de Deus após o crime. A suspeita é de que um “tribunal do tráfico” tenha determinado a morte dos envolvidos para evitar operações policiais nas favelas controladas pelo Comando Vermelho.
O crime ocorreu por volta da 1h, em frente ao Windsor Hotel, área nobre da Barra da Tijuca. As câmeras de segurança registraram a ação, que durou apenas 27 segundos. No vídeo, três homens vestidos com roupas pretas descem de um carro branco e começam a atirar em um grupo de quatro médicos que estava sentado em uma mesa do quiosque. Após os disparos, os criminosos voltam correndo para o veículo e vão embora sem roubar nada. Outros clientes do local testemunharam o ataque e saíram correndo para evitar serem feridos. Os celulares dos médicos foram apreendidos e passarão por perícia.
O caso continua em investigação pela polícia, que realizará exames periciais para confirmar a identidade dos corpos encontrados. A descoberta dos suspeitos mortos traz um novo capítulo para o caso dos médicos assassinados, que chocou não apenas a cidade do Rio de Janeiro, mas também o país. A polícia busca esclarecer os motivos do crime e identificar todos os envolvidos, trazendo justiça às vítimas e suas famílias.
