Em relação à transição energética, Silveira enfatizou que o Brasil não pode perder a oportunidade de aproveitar a janela de oportunidades que se abre nesse contexto. Ele defendeu a chamada “economia da transição energética”, que deve ser justa e inclusiva, evitando que os brasileiros paguem um preço alto por essa transição. O ministro ressaltou a importância de se conciliar a sustentabilidade com o desenvolvimento econômico e as conquistas sociais.
O investimento em energias renováveis foi citado como uma oportunidade para o Brasil. Silveira mencionou o projeto de lei do governo brasileiro chamado de “combustível do futuro”, que integra as políticas de descarbonização da matriz de mobilidade e transporte do país. Ele destacou a importância dos investidores prestarem atenção nesse movimento e criar mandatos para investimentos em biorrefinarias de diesel verde e combustíveis verdes sustentáveis de aviação.
Segundo o ministro, o Brasil tem um terreno fértil para receber investimentos, com abundância de capital interessado em vir ao país. Ele elogiou a postura do presidente Lula em relação à política internacional, afirmando que o Brasil estava caminhando para o isolamento internacional, o que é insustentável em um mundo globalizado.
Silveira também alertou para a necessidade de reforçar o sistema de transmissão de energia no país, que está impedindo a produção de uma maior quantidade de energias limpas e renováveis no Nordeste. Ele afirmou que esse problema será amenizado pelos novos leilões de linhas de transmissão já previstos.
O respeito rigoroso à legislação ambiental também foi enfatizado pelo ministro. Ele defendeu que é possível conciliar a atividade econômica com a proteção do meio ambiente, destacando a importância do bom senso nessa questão.
Silveira ressaltou que o Brasil possui o melhor sistema integrado de energia do mundo, o Sistema Integrado Nacional (SIN), que interliga todo o país, com exceção do estado de Roraima. No entanto, ele afirmou que a situação de Roraima será resolvida em breve, com a inauguração da linha de transmissão de Manaus a Boa Vista.
Por fim, o ministro destacou o interesse do Brasil em ter uma interligação na América do Sul tanto na energia elétrica quanto no gás, o que permitiria que o país recebesse ajuda dos países vizinhos em momentos de dificuldade energética.
Em resumo, Silveira afirmou que o Brasil é o protagonista da transição energética no mundo e que o país não pode perder as oportunidades que surgem nesse contexto. Ele destacou a segurança jurídica e política do Brasil, a posição geopolítica favorável do país e as oportunidades de investimento em energias renováveis. O ministro também ressaltou a importância de conciliar sustentabilidade e desenvolvimento econômico, além de destacar a necessidade de reforçar o sistema de transmissão de energia.