Anteriormente, o empresário havia solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não comparecer à CPMI, porém, o ministro Dias Toffoli determinou que ele só não precisaria responder perguntas que pudessem incriminá-lo. Durante o depoimento, Bedin optou por dispensar o tempo inicial de 15 minutos para sua defesa, mas se recusou a responder às perguntas da relatora da comissão, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), sobre a quantidade de caminhões de sua propriedade que bloquearam rodovias e participaram dos protestos em Brasília.
A senadora citou um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que apontava que 272 caminhões chegaram à capital federal durante os dias dos protestos, sendo que 72 deles eram oriundos da cidade de Sorriso, no Mato Grosso, onde Bedin reside, e 16 pertenciam ao empresário ou a seus familiares. Para ilustrar a gravidade dos bloqueios feitos pelos caminhões, Eliziane Gama exibiu um vídeo no qual uma criança que precisava realizar uma cirurgia de emergência foi impedida de passar. Outro vídeo mostrou manifestantes armados durante os protestos.
A senadora também chamou a atenção para o patrimônio do empresário, que ela classificou como um “império”, e lamentou que uma trajetória construída com trabalho esteja agora sendo manchada com a acusação de incentivo a atos antidemocráticos.
A CPMI continua suas atividades no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado. Mais informações serão divulgadas em breve.
É importante ressaltar que as informações acima foram obtidas através de relatos presentes no vídeo divulgado e não foram citadas as fontes das informações ou dos documentos mencionados. Esta reportagem foi produzida por Cláudio Ferreira e editada por Natalia Doederlein.