França enfatizou que, mesmo com essa transição, a Petrobras não deve abrir mão da exploração de petróleo. Segundo ele, a produção de óleo e gás é essencial para o país e continuará sendo por muitos anos. Nesse sentido, a empresa pretende explorar a chamada margem equatorial, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, apesar dos protestos de ambientalistas. Vale ressaltar que a transição energética busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono resultante da queima de combustíveis fósseis.
O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, também presente na sessão solene, destacou que graças à Petrobras, o Brasil pode planejar e implementar um plano de transição energética. Além da produção de biocombustíveis, a empresa estabeleceu parcerias sólidas e realiza pesquisas para ingressar no mercado de energia eólica offshore.
Durante a sessão, os participantes lembraram que a Petrobras sempre foi alvo de polêmicas, desde o início de sua história, quando surgiram debates sobre a entrega do mercado às companhias internacionais. Também foram levantadas questões sobre a exploração em águas profundas, na camada pré-sal. No entanto, atualmente, a Petrobras é responsável por quase 80% da produção nacional e sua autossuficiência energética é vista como garantia para o futuro do país, conforme ressaltou Bacci. Ele ainda criticou a ideia de privatizar a empresa.
Por outro lado, o deputado Jorge Solla (PT-BA), responsável pelo pedido de realização da sessão solene, aproveitou a oportunidade para criticar a Operação Lava-Jato, que investigou denúncias de corrupção nos contratos da Petrobras. Solla argumentou que a operação teve consequências negativas para a indústria naval e resultou no fechamento de milhares de empregos, além de impedir o desenvolvimento do país. Ele também ressaltou que, entre 2016 e 2022, a empresa vendeu ativos no valor de R$ 243,7 bilhões, que segundo ele, valeriam muito mais.
A sessão solene na Câmara dos Deputados foi marcada por reflexões sobre o passado e o futuro da Petrobras, bem como pelos desafios e oportunidades da transição energética no país. A empresa continua a desempenhar um papel fundamental na economia brasileira e busca se adaptar às demandas do mercado e às preocupações ambientais.