O requerimento para ouvir o ex-ministro foi feito pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), que ressaltou a importância de Augusto Heleno no cargo de chefe do GSI antes do dia 8 de janeiro. Nessa função, o general coordenava as atividades de segurança da Presidência da República e as atividades de inteligência, uma vez que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estava subordinada ao GSI.
Segundo Girão, a Abin emitiu comunicados para os membros do Sistema Brasileiro de Inteligência alertando sobre a possibilidade das manifestações do dia 8 descambar para condutas ofensivas contra instituições da República. A investigação busca entender qual foi o papel de Augusto Heleno nesse contexto.
O depoimento do ex-ministro está sendo realizado no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado. A CPMI tem poderes de investigação equivalentes aos das autoridades judiciais, podendo convocar depoentes e quebrar sigilo bancário, telefônico e fiscal, por exemplo.
A CPMI do 8 de Janeiro foi criada para investigar os incidentes ocorridos na data da eleição para a presidência do Senado. Durante a votação, um grupo de manifestantes invadiu a área externa do Congresso Nacional, o que gerou uma série de questionamentos sobre a segurança do local e a possível falta de ação do GSI e da Abin.
Essa é mais uma etapa das investigações da CPMI, que busca esclarecer os fatos ocorridos no dia 8 de janeiro e identificar possíveis responsáveis pelos incidentes. O depoimento do ex-ministro Augusto Heleno pode ser fundamental para o avanço das investigações e a compreensão do papel desempenhado pelo GSI e pela Abin nesse contexto.
A CPMI seguirá ouvindo outros envolvidos e analisando documentações relacionadas ao caso, a fim de obter todas as informações necessárias para a conclusão do seu relatório final. O resultado das investigações poderá contribuir para o aprimoramento do sistema de segurança do Congresso Nacional e evitar a ocorrência de eventos semelhantes no futuro.
Dessa forma, a CPMI do 8 de Janeiro cumpre seu papel constitucional de investigar fatos relevantes para a vida pública e a ordem constitucional, legal, econômica e social do país, visando garantir a transparência e a responsabilidade dos órgãos envolvidos na segurança do Congresso Nacional.