O golpe em questão envolvia uma quantia de aproximadamente R$ 720 milhões e tinha como vítima a mãe de Sabine, Geneviève Rose Coll Boghici. Segundo a promotoria, Rosa teria arquitetado o plano e também orientado as agressões que Geneviève sofria. A idosa chegou a relatar em depoimento que era agredida pela filha e obrigada a limpar sozinha um apartamento vizinho ao Copacabana Palace, uma cobertura de alto padrão.
Em março deste ano, a Justiça concedeu liberdade provisória a Sabine, alegando que ela não representava perigo à sociedade. Dois outros suspeitos, um homem e uma mulher, também foram soltos. Já Rosa, que é a única denunciada que permanece presa, foi informada da morte da esposa no Complexo Penitenciário de Bangu.
Na época em que a prisão do casal ocorreu, a defesa de Geneviève alegou que Sabine sofria de problemas psicológicos e que sua sanidade mental deveria ser avaliada. Em resposta a esse pedido, o juiz Guilherme Schilling, da 23ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, determinou que Sabine seria submetida a um exame de sanidade mental.
A herança deixada por Sabine é avaliada em R$ 1 bilhão e estava em processo de inventário, sendo Geneviève, Sabine e outra filha as beneficiárias. No entanto, a defesa de Geneviève pretendia anular o casamento entre Sabine e Rosa caso fosse comprovado que a primeira sofria de insanidade mental.
A história desse caso ainda guarda muitos mistérios e detalhes a serem desvendados. O enterro de Sabine está programado para o final de semana e uma carta endereçada a Rosa foi encontrada no apartamento.
Essa tragédia abalou o Rio de Janeiro e levanta questionamentos sobre a segurança e bem-estar das pessoas idosas, além de trazer à tona discussões sobre a saúde mental e a influência de terceiros em determinadas situações. As investigações seguem a todo vapor e esperamos que a justiça seja feita para todas as partes envolvidas nesse caso.