Aumento alarmante de crianças baleadas no Rio de Janeiro: 18 vítimas desde o início do ano, sendo a mais recente em estado grave.

Desde o início deste ano, a região metropolitana do Rio de Janeiro já registrou 18 crianças baleadas, de acordo com dados do Instituto Fogo Cruzado. O caso mais recente é o de Heloisa dos Santos Silva, de apenas 3 anos, que foi internada em estado grave após ser atingida por um disparo na nuca durante uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Arco Metropolitano, na Baixada Fluminense.

Segundo relatos dos familiares, a criança estava dentro do carro da família, na altura de Seropédica, quando foi alvejada pelos disparos efetuados pelos agentes da PRF. Três policiais foram afastados de suas funções e a arma utilizada por um deles foi apreendida.

No total, sete crianças de até 14 anos já perderam a vida vítimas de disparos no estado e outras 11 ficaram feridas, sendo que a maioria das vítimas acabou sendo atingida por balas perdidas.

Entre as crianças vitimadas pela violência armada, cinco delas foram baleadas durante ações e operações policiais, resultando na morte de duas delas e deixando outras três feridas.

O último relatório mensal divulgado pelo Instituto Fogo Cruzado destaca que o mês de agosto foi marcado por violações contra crianças e adolescentes. Durante os 31 dias do mês passado, a região metropolitana do Rio de Janeiro registrou oito crianças e adolescentes de 0 a 17 anos baleados, sendo que uma criança e cinco adolescentes perderam a vida. Além disso, uma criança e um adolescente ficaram feridos.

O número de casos é maior do que o registrado no mesmo período em 2022. Em agosto do ano passado, foram registradas seis crianças feridas por tiros na região metropolitana do Rio, resultando na morte de duas delas.

O último caso ocorrido no mês passado foi o de Bernardo, de apenas 8 anos, que foi baleado durante um confronto entre supostos membros de milícias rivais em Santa Cruz, zona oeste da capital fluminense. No mesmo tiroteio, duas mulheres, incluindo a mãe do garoto, Stefany Santos de Barros, de 23 anos, perderam a vida. O menino passou por cirurgia e segue internado no Hospital Municipal Pedro 2º.

A última criança que perdeu a vida devido à violência armada no Rio foi Eloah da Silva dos Santos, de 5 anos, que foi atingida enquanto brincava em sua própria cama, dentro de casa, no Morro do Dendê, na Ilha do Governador. A menina foi baleada durante uma operação da Polícia Militar na comunidade. Um adolescente de 17 anos também morreu na mesma ação.

Estes casos evidenciam a grave situação de violência que atinge as crianças na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde elas estão sendo vítimas indiscriminadas de tiroteios, colocando em risco suas vidas e suas infâncias. É necessário que as autoridades tomem medidas efetivas para combater essa violência e garantir a segurança das crianças e adolescentes.

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