Comissão aprova projeto de lei que reservará vagas em estacionamentos para pessoas com Transtorno do Espectro Autista

Na última terça-feira, a Comissão de Desenvolvimento Urbano aprovou um projeto de lei que estabelece a obrigatoriedade dos shopping centers e estabelecimentos públicos com mais de 100 vagas de estacionamento reservarem, no mínimo, 2% dessas vagas para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A medida visa garantir a inclusão dessas pessoas na sociedade e facilitar o acesso aos locais públicos.

Segundo o relator do projeto, deputado Marangoni, as pessoas com TEA podem apresentar restrições de natureza motora, intelectual, mental e sensorial. Por isso, é importante que as vagas reservadas estejam próximas aos locais de acesso, evitando trajetos com muito barulho, trânsito intenso de pessoas e obstáculos, que podem afetar a sensibilidade dessas pessoas.

Atualmente, o Estatuto da Pessoa com Deficiência já reserva 2% das vagas dos estacionamentos em geral para veículos que transportam pessoas com deficiência. O projeto em questão propõe a inclusão das pessoas com TEA nessa reserva de vagas, contribuindo para tornar os espaços públicos mais inclusivos e acessíveis.

Para comprovar o direito ao uso da vaga especial, será necessária a apresentação da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), que foi instituída pela Lei 13.977/20.

De autoria do ex-deputado Ney Leprevost (PR), o Projeto de Lei 1727/22 recebeu parecer favorável do deputado Marangoni. Agora, o projeto seguirá sua tramitação pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

É importante destacar que a medida visa garantir a igualdade de oportunidades e direitos para as pessoas com TEA. A inclusão social dessas pessoas é um desafio que a sociedade precisa enfrentar, promovendo ações e políticas que garantam a acessibilidade e a dignidade desses indivíduos.

O projeto aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Urbano é mais um passo nessa direção, demonstrando a preocupação do legislativo em promover a inclusão e garantir o respeito aos direitos das pessoas com TEA. Agora, o próximo passo será a análise pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, para, posteriormente, ser colocado em votação.

Ações como essa demonstram a importância de se debater e legislar sobre temas relacionados à inclusão social e à garantia dos direitos das pessoas com deficiência. É fundamental que a sociedade como um todo se mobilize nessa luta, buscando tornar o mundo mais acessível e inclusivo para todos.

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