Segundo informações da 11ª DP (Delegacia de Polícia) da Rocinha, o namorado da vítima foi ouvido e submetido ao exame residuográfico para apurar a presença de pólvora em suas mãos. Os agentes aguardam os resultados dos laudos e realizam diligências para esclarecer os fatos. A polícia destaca que todas as linhas de investigação estão sendo consideradas.
Familiares da jovem revelaram que ela apresentava ferimentos graves na cabeça, o que aumenta a suspeita de que a morte tenha sido resultado de uma agressão. Leona Santos Vianey, prima da vítima, denunciou que a família do pai de Jenifer não foi permitida subir até o local do ocorrido ao chegar na Rocinha. Ela aproveitou para fazer um alerta, afirmando que o amor verdadeiro é pautado pelo carinho, não por brigas e agressões.
De acordo com relatos dos familiares, Jenifer mantinha um relacionamento conturbado com o namorado, com quem estava há quase um ano. A jovem teria sido vítima de agressões físicas e até mesmo de cárcere privado, tornando o relacionamento extremamente tóxico. O pai da jovem, profundamente abalado pela perda da filha, preferiu não dar entrevistas.
Em meio a essa triste história, é importante ressaltar que o estado do Rio de Janeiro tem registrado números alarmantes de feminicídios. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), o ano de 2022 apresentou um recorde de 110 casos, o que representa uma mulher sendo assassinada a cada três dias. No ano passado, foram registrados 85 casos. Esses números demonstram a necessidade urgente de políticas e ações efetivas para combater a violência contra a mulher.
Enquanto as investigações seguem em curso, a família e amigos de Jenifer Carvalho Paes clamam por justiça e pela preservação da memória da jovem. É fundamental que esse caso seja completamente esclarecido e que medidas sejam tomadas para evitar que outras mulheres se tornem vítimas de relacionamentos abusivos e violentos.