O ex-presidente Lula afirma que a criação de uma moeda do Brics contribuirá para diminuir as fragilidades econômicas do Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, durante a XV Cúpula dos Brics, a criação de uma moeda única para as transações comerciais entre os países do bloco. Segundo Lula, essa medida fortaleceria as condições de pagamento e reduziria a vulnerabilidade dessas nações.

Durante seu discurso na sessão plenária ampliada, o presidente ressaltou a importância do Brics e o interesse de outros países em se juntar ao bloco. Segundo Lula, isso demonstra a relevância crescente do grupo no cenário internacional.

Além disso, Lula também criticou os modelos de financiamento globais, destacando que eles são prejudiciais aos países em desenvolvimento. Nesse sentido, ele ressaltou que o Novo Banco de Desenvolvimento do Brics pode oferecer alternativas de financiamento mais adequadas às necessidades dos países do Sul.

O presidente afirmou que é inadmissível que os países em desenvolvimento sejam penalizados com juros muito mais altos do que os cobrados dos países ricos. Ele defendeu a necessidade de aumentar a liquidez, ampliar o financiamento concessional e eliminar as condicionalidades. Lula também ressaltou a importância de reavivar o sistema multilateral de comércio para garantir um comércio justo, previsível, equitativo e não discriminatório.

Além disso, Lula defendeu a descarbonização das economias acompanhada pela geração de empregos dignos, industrialização e infraestrutura verdes, além da oferta de serviços públicos para todos.

A XV Cúpula dos Brics está sendo realizada na África do Sul, país-sede do evento deste ano, e reúne os chefes de Estado e de Governo do Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul. Durante o encontro, os líderes debatem temas de interesse comum e buscam fortalecer a cooperação entre os países do bloco.

Essa proposta de criação de uma moeda única para o Brics surge como uma alternativa para enfrentar os desafios econômicos e financeiros enfrentados pelos países do bloco. Além disso, a crítica aos modelos de financiamento globais evidencia a preocupação em buscar alternativas mais justas e equitativas para o desenvolvimento econômico dessas nações. Resta agora acompanhar as próximas etapas desse debate e verificar se essa proposta irá se concretizar e quais os impactos que ela poderá trazer para os países membros do Brics.

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