Irmãos condenados por homicídio de família no ABC recebem sentença da Justiça de SP; penas são reveladas.

Dois irmãos foram condenados pela Justiça de São Paulo nesta segunda-feira (21) por matar um casal e seu filho adolescente no ABC paulista. O crime ocorreu em 28 de janeiro de 2020, e os acusados confessaram a participação no delito. As penas somadas dos irmãos chegam a 121 anos de prisão, que serão inicialmente cumpridas em regime fechado.

Flaviana de Meneses Guimarães, Romuyuki Veras Gonçalves e Juan Victor Meneses Gonçalves foram encontrados carbonizados no porta-malas de um veículo abandonado em uma estrada rural de São Bernardo do Campo. A residência da família ficava em um condomínio no bairro Jardim Irene, em Santo André. Segundo a decisão, os réus praticaram três crimes de homicídio triplamente qualificado, além de destruição de cadáver, roubo majorado, restrição da liberdade das vítimas e associação criminosa.

Um dos réus, Juliano Oliveira Ramos Júnior, foi condenado a 65 anos, cinco meses e 10 dias de reclusão, além de pagamento de multa. O outro, Jonathan Fagundes Ramos, deverá cumprir 56 anos, dois meses e 20 dias de prisão, também com multa. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) ressaltou que cabe recurso contra a decisão, mas os réus permanecem presos durante o processo.

De acordo com o juiz Lucas Tambor Bueno, na sentença ficou determinado que os réus não poderão recorrer em liberdade, devido à gravidade dos crimes cometidos. A defesa dos irmãos não foi localizada para comentar sobre a condenação.

Esse não é o primeiro resultado do caso, pois em junho deste ano, outros três acusados já haviam sido condenados pelo TJ-SP. Anaflávia Martins Meneses Gonçalves, filha do casal assassinado, foi sentenciada a 61 anos, cinco meses e 23 dias de reclusão. Sua então companheira, Carina Ramos de Abreu, pegou 74 anos, sete meses e dez dias de reclusão. O terceiro envolvido, Guilherme Ramos da Silva, amigo de um dos primos de Carina, recebeu pena de 56 anos, dois meses e 20 dias de prisão.

Todos os envolvidos foram acusados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP). Segundo as investigações, Carina e Anaflávia mataram as vítimas por cobiça, pois queriam ficar com a casa, os veículos e o dinheiro que acreditavam estar no cofre, além do dinheiro do seguro de vida. Juliano, Jonathan e Guilherme agiram motivados por uma promessa de recompensa.

A família das vítimas recebeu a notícia da condenação com alívio e esperança de que a justiça seja feita. A defesa dos réus, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre as sentenças aplicadas. O caso continua a ser investigado e novas informações podem surgir a partir de recursos apresentados pelas partes envolvidas.

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