Realizada a primeira audiência da Justiça para tratar do trágico incêndio ocorrido no Ninho do Urubu, centro de treinamentos do Flamengo.

Após quatro anos da trágica morte de 10 atletas de base do Flamengo no Centro de Treinamento Ninho do Urubu, localizado em Vargem Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, a 36ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça realizou a primeira audiência de instrução e julgamento do processo criminal relacionado ao incêndio. O incidente ocorreu no ano de 2019, causando a morte dos jogadores, que estavam dormindo em contêineres no alojamento.

Nessa audiência, oito réus foram convocados a comparecer e serão julgados pelas mortes ocorridas. Eles respondem por incêndio culposo qualificado pelos resultados de morte e lesão grave. Dois dos réus, Edson Colman da Silva, técnico em refrigeração, e Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, marcaram presença no evento. Por outro lado, os ex-diretor financeiro do clube, Antonio Marcio Mongelli Garotti, e o engenheiro Marcelo Maia de Sá, foram dois réus que não marcaram presença. Além deles, os quatros réus correspondentes à empresa responsável pela instalação dos contêineres, Claudia Pereira Rodrigues, Danilo da Silva Duarte, Fabio Hilario da Silva e Weslley Gimenes, também não compareceram à audiência.

Entretanto, mesmo com a ausência dessas seis pessoas, o juiz decretou revelia, garantindo que o processo irá prosseguir, sem a presença dos réus, e isso não afeta o ônus da prova.

A tragédia ocorreu à noite, nas dependências do alojamento onde os atletas das categorias de base ficavam, localizado no próprio centro de treinamento. A maioria dos jogadores conseguiu escapar com vida, mas infelizmente Athila Paixão, de 14 anos; Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, de 14 anos; Bernardo Pisetta, de 14 anos; Christian Esmério, de 15 anos; Gedson Santos, de 14 anos; Jorge Eduardo Santos, de 15 anos; Pablo Henrique da Silva, de 14 anos; Rykelmo de Souza Vianna, de 16 anos; Samuel Thomas Rosa, de 15 anos; e Vitor Isaías, de 15 anos, não sobreviveram.

A audiência de instrução e julgamento é um importante passo para esclarecer os acontecimentos dessa tragédia e responsabilizar aqueles que têm culpa no ocorrido. O processo judicial segue em andamento, buscando encontrar as causas e os responsáveis pelo incêndio no Ninho do Urubu. A expectativa é de que a justiça seja feita e as famílias das vítimas obtenham algum tipo de reparação diante dessa grande perda.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo