Ramos ressaltou que, apesar de estar longe do continente, a tempestade tropical Akará cria um canal de umidade que provoca instabilidade no Norte e Nordeste do país. Ela também destacou que o fenômeno El Niño, que está perdendo força e deve chegar ao fim até maio, continua a influenciar o cenário climático.
A previsão do Inmet é que grandes acumulados de chuva atinjam áreas das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, podendo ultrapassar 80 milímetros em 24 horas. Na região Norte, são esperadas pancadas de chuva com valores maiores que 50 mm em praticamente toda a região, principalmente, em áreas do Tocantins, Pará, Amazonas, Rondônia e Acre, podendo vir acompanhadas de raios, rajadas de vento e trovoadas. No Nordeste, a previsão é de chuva em forma de pancadas, com maior intensidade em áreas do Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco e Bahia.
Já no Centro-Oeste e no Sudeste, são previstas pancadas de chuva localmente fortes, com volumes maiores que 80 mm, podendo vir acompanhadas de raios, rajadas de vento, principalmente em áreas de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e litoral norte de São Paulo, devido ao calor e alta umidade.
Os dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo mostram que fevereiro acumulou até a segunda-feira (19) 104,8 mm, representando 47,8% dos 219,1 mm esperados para o mês. O meteorologista do CGE Michel Pantera prevê que a partir de terça-feira (20) vai chover de forma mais generalizada em São Paulo, com continuação do clima abafado.
Na região Sul, estão previstas chuvas isoladas em áreas do Paraná e sul de Santa Catarina, podendo superar 30 mm. Em outras áreas, a previsão é de pouca chuva. É importante ressaltar que, apesar da tempestade tropical Akará não representar uma ameaça direta ao continente, suas consequências substanciais estão influenciando o clima do Brasil neste mês de fevereiro.
