De acordo com o economista, seu objetivo é transformar a Argentina de maneira radical e rápida, resultando em estabilidade de preços, ganhos de produtividade e crescimento sustentável. Sua proposta inclui uma mudança nos códigos legais, desregulamentação da economia, privatização de empresas estatais, alteração na lei trabalhista e previdenciária, entre outras mudanças profundas.
Milei também planeja implementar a figura de emergências econômicas, sociais, fiscais e tributárias, o que lhe permitiria governar por decreto em situações específicas. Além disso, ele busca aprovar integralmente a “Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos” em regime de urgência até o final de janeiro.
No entanto, a proposta de Milei enfrenta resistência no Congresso, pois o governo atual tem apenas um quarto dos deputados. Além disso, partes do pacote de reformas propostas são consideradas inconstitucionais pela maioria dos parlamentares.
As reformas propostas por Milei são comparáveis às mudanças estruturais realizadas ao longo de décadas no Brasil, desde a redemocratização nos anos 80. No entanto, a implementação de tais mudanças na Argentina pode resultar em inflação, redução de salários, aposentadorias e benefícios sociais, além de mexer em interesses diversos.
Enquanto alguns argumentam que a Argentina precisa de mudanças rápidas e radicais, outros questionam a capacidade do país e da população em se adaptar a uma revolução econômica. Portanto, o plano de Milei continua sendo objeto de debate e controvérsia, à medida que o país enfrenta desafios econômicos e políticos.