Repercussão da operação da Quaest supera atos golpistas em Brasília: população dividida sobre responsabilidade de Bolsonaro

O país se viu novamente em meio a uma polarização política após a recente operação que mirou aliados do presidente Jair Bolsonaro. Segundo levantamento da Quaest, a esquerda celebrou a ação, enquanto a direita criticou o que considerou ser uma perseguição política.

O alcance desse episódio ficou atrás apenas dos atos golpistas em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. A esquerda aproveitou para promover expressões como “Bolsonaro na cadeia” e debochar dos alvos envolvidos na operação. O uso do jargão “toc toc” e piadas direcionadas aos generais e outros militares também foram observados.

Por sua vez, a direita concentrou esforços em propagar a narrativa de perseguição política contra a oposição e criticou o Poder Judiciário, especialmente o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que autorizou a operação.

A percepção pública em relação à responsabilidade de Jair Bolsonaro nos atos golpistas após sua derrota para Lula no segundo turno das eleições de 2022 tem se mostrado dividida. De acordo com pesquisa da Quaest divulgada no mês passado, 47% dos entrevistados acreditavam que Bolsonaro teve influência sobre o ocorrido, contra 43% que discordavam, um empate técnico considerando a margem de erro.

Esses números indicam uma mudança em relação às percepções anteriores. Um ano antes, em fevereiro de 2022, eram 51% e 38%, respectivamente, mostrando que o tempo está diluindo a percepção sobre a responsabilidade de Jair Bolsonaro.

O impacto político e social desses eventos continua sendo objeto de debate e análise em diversos setores da sociedade brasileira. A polarização intensificada nas redes sociais e manifestações públicas demonstra a profunda divisão que caracteriza o cenário político do país. A expectativa é que a situação continue sendo acompanhada de perto nos próximos meses, à medida que o país se aproxima das próximas eleições.

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