Embora as manifestações tenham sido convocadas pela sigla petista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus ministros não estarão presentes, temendo que a participação em um evento com esse teor possa piorar a relação do governo com as Forças Armadas. A principal concentração dos manifestantes está prevista para acontecer em Salvador (BA), com a presença da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do governador baiano, Jerônimo Rodrigues, e do líder do governo no Senado, Jaques Wagner.
Lula, que adotou a postura de não se posicionar sobre os 60 anos da ditadura militar, afirmou que está mais preocupado com a atual situação do país do que com eventos do passado. A proibição do ex-presidente para que os chefes de suas pastas se posicionem sobre o golpe de 1964 visa evitar que a data cause instabilidade política no Brasil.
Além disso, o governo federal teme que a presença da cúpula do governo possa ser interpretada como uma resposta ao ato convocado por Bolsonaro em fevereiro. Com índices de aprovação em queda, o presidente pode não ter a mesma mobilização que o ex-presidente petista em eventos desse tipo, enfraquecendo assim a sua popularidade em comparação a Bolsonaro.
Os atos são organizados pela Frente Povo Sem Medo e pela Frente Brasil Popular, ligadas ao PT, PSOL, PCdoB e outras entidades de esquerda. Lideranças de movimentos sociais criticaram a ausência de Lula nas manifestações, afirmando que a presença do ex-presidente poderia aumentar a mobilização dos apoiadores.
Portanto, as manifestações deste sábado prometem movimentar as ruas das cidades participantes, com a presença de diversos grupos e entidades de esquerda pedindo a prisão de Bolsonaro e exigindo punições para os envolvidos em atos antidemocráticos.
