Novak, politicamente próxima do primeiro-ministro de extrema direita Viktor Orbán, declarou em sua renúncia: “Estou renunciando ao meu cargo. Peço desculpas a quem magoei e a todas as vítimas que possam ter tido a impressão de que não as apoiei. Sou, fui e continuarei sendo a favor da proteção das crianças e das famílias”. A ex-ministra dos Assuntos da Família, de 46 anos, assumiu o cargo de presidente em 2022, em uma função principalmente protocolar.
A polêmica que desencadeou sua renúncia teve início em abril de 2023, durante a visita do papa Francisco a Budapeste, quando Novak concedeu indulto a um ex-vice-diretor de um lar de menores, condenado em 2022 a mais de três anos de prisão por encobrir os abusos sexuais do diretor do estabelecimento com crianças e adolescentes. Esse gesto levou a críticas generalizadas e consequentemente à sua renúncia.
A saída de Novak do cargo de presidente da Hungria também representa um revés para o governo de Orbán, que tem enfrentado crescentes pressões dentro e fora do país devido a questões relacionadas a direitos humanos e governança. A influência de Novak na vida pública húngara, apontada pela revista Forbes, demonstra como a sua renúncia pode ter impactos significativos na política e na sociedade do país.
Com a renúncia de Novak, as futuras decisões políticas e a influência do governo de Orbán na Hungria poderão passar por um período de incerteza e reconfiguração, à medida que o país enfrenta desafios internos e externos. Ainda não está claro quem irá suceder Novak como presidente, mas sua renúncia certamente terá repercussões significativas no futuro da Hungria.
