A PEC dos militares, de autoria do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), é vista como uma peça-chave para manter a coesão e a sustentação do governo entre as diversas bancadas no Congresso. Wagner é conhecido por seu trânsito e habilidade em dialogar com diferentes posturas políticas, inclusive a oposição. Sua atuação é vital para a articulação entre as forças governistas e os demais partidos.
Enquanto isso, o governo se posicionou contrariamente ao PL das “saidinhas”, relatado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e previsto para votação no plenário. O projeto visa encerrar o benefício da saída temporária dos presos, conhecido como “saidinha”, e a orientação contrária do governo sinaliza sua postura a respeito da matéria.
Acompanhando de perto a votação do PL das “saidinhas”, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL-SP), relator da medida na Câmara, demonstrou intenção de se afastar temporariamente do cargo para comparecer à Brasília e votar a proposta, que sofreu alterações e precisa de nova análise na Câmara.
Derrite também pretende se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), visando agilizar a votação. Enquanto isso, o relator do projeto no Senado, Flávio Bolsonaro, expressou acreditar que o presidente Lula vetará o fim das “saidinhas”. Segundo ele, a resistência do Planalto é vista como positiva e demonstra as bandeiras defendidas pela esquerda.
Diante desse cenário político, os próximos passos do governo, o desenrolar das negociações entre as diferentes forças políticas e o desfecho das votações no Congresso têm gerado grande expectativa e movimentação nos bastidores. A articulação política e a habilidade de negociação serão fundamentais para definir os rumos das pautas em questão.
