A cooperação entre Brasil e França em diversas áreas, como comercial, educacional, cultural e militar, tem se mantido ao longo dos anos, mas a falta de visitas de líderes políticos de alto escalão pode ter impactado no fortalecimento desses laços. A presença de Lula em Paris e a subsequente viagem de Macron ao Brasil podem indicar uma retomada no diálogo entre os países.
Um dos aspectos que têm sido destaque na relação bilateral é a cooperação na indústria militar. Em 2008, foi acordada a construção de submarinos franceses de propulsão convencional na base naval brasileira de Itaguaí, no Rio de Janeiro. Além disso, havia a previsão da construção de um submarino nuclear, sem transferência de tecnologia francesa relativa ao reator. No entanto, essa situação pode mudar, conforme declarações de autoridades brasileiras.
A possibilidade de cooperação franco-brasileira na área de energia nuclear é vista como um assunto estratégico e sensível, podendo representar um passo importante na relação entre os dois países. Gaspard Estrada, cientista político especializado em América Latina, destaca que um anúncio nesse sentido por parte de Macron seria um forte sinal para o Brasil e para Lula. A visita do presidente francês à base naval brasileira é aguardada com expectativa, mas até o momento não foram feitos anúncios oficiais sobre possíveis acordos na área de defesa.
A retomada do diálogo político entre França e Brasil, especialmente na esfera militar, pode representar um novo capítulo na relação bilateral, após anos de distanciamento. A visita de líderes políticos e as discussões sobre parcerias estratégicas demonstram a importância de fortalecer os laços entre os dois países e promover a cooperação em áreas-chave para o desenvolvimento mútuo.
