É fundamental compreender como um assessor de investimentos ganha dinheiro. Ao abrir uma conta em uma corretora ou banco, o cliente tem acesso a diversos produtos financeiros, e cada um deles possui uma taxa específica. Essas taxas podem ser explícitas, como a taxa de administração de um fundo, ou implícitas, como o spread em um CDB.
É importante destacar que, independentemente de ter ou não um assessor de investimentos, o cliente paga a mesma taxa. Por exemplo, se o cliente investe em um fundo de renda fixa com taxa de administração de 0,5%, essa taxa será dividida entre o gestor do fundo e a instituição distribuidora. Caso o cliente tenha um assessor, parte dessa taxa será dividida com o profissional, sem que ocorra aumento na taxa total.
Normalmente, um assessor de investimentos recebe entre 15% e 20% da taxa de administração. No caso de títulos de renda fixa, como um CDB, não há taxa de administração, mas sim um spread. Ou seja, o cliente pode pensar que não está pagando nenhuma taxa, quando na verdade ela é implícita. Nesse caso, o spread é dividido entre a instituição e o assessor.
Portanto, ter um assessor de investimentos não implica em um custo adicional para o cliente. No entanto, é importante destacar que isso pode mudar caso o cliente seja cobrado por taxa fixa. Essa taxa é cobrada independentemente dos produtos em que o cliente investe. Embora a taxa fixa possa ser vista como uma forma de evitar conflitos de interesse, é mais vantajosa para o assessor, especialmente considerando que a maioria dos investidores brasileiros aplica em renda fixa, onde os rebates são mais baixos.
Nesse sentido, é fundamental saber escolher um bom assessor de investimentos. Esse profissional será capaz de mostrar as melhores alternativas, explicar o cenário econômico, evitar armadinhas e investimentos de risco desnecessários, além de apresentar oportunidades que o cliente talvez não esteja atento. Ter um bom assessor pode ser especialmente vantajoso para profissionais ocupados, que não têm tempo para se dedicar integralmente às suas aplicações financeiras.
É importante ressaltar que nem todos os assessores são bons e confiáveis. Por isso, é essencial escolher um profissional qualificado e que não eleve o custo que o cliente paga. Portanto, a prioridade não deve ser evitar o risco de ser enganado, mas sim encontrar um assessor que agregue valor e conhecimento ao investidor.
Portanto, a discussão sobre a remuneração dos assessores de investimentos deve ser analisada levando em consideração os interesses envolvidos. Ter um assessor pode ser benéfico para todos, desde que seja um profissional competente e que agregue valor ao investidor, ajudando-o a tomar as melhores decisões financeiras.