A missão atual é a quarta tentativa da iniciativa privada de realizar uma alunissagem. A tentativa anterior, em janeiro deste ano, fracassou devido a um vazamento de combustível. As duas alunissagens concluídas recentemente estavam a cargo de agências governamentais, como a sonda japonesa Slim (Smart Lander for Investigating Moon) e a missão Chandrayaan-3 da Índia.
O módulo Odysseus, com 675 quilos, transporta seis cargas úteis da Nasa, como parte de um programa da agência para incentivar missões comerciais de carretos lunares, pelo qual a Nasa pagou à Intuitive Machines US$ 118 milhões. Entre os instrumentos transportados estão um sistema de rádio para medir fontes astronômicas e o ambiente de plasma na exosfera lunar, um retrorrefletor para medição de distância à Lua com laser, um dispositivo para medir velocidade e distância do solo, uma câmera estéreo para observar efeitos da pluma do propulsor na alunissagem, entre outros.
O módulo Nova-C é movido a metano e oxigênio líquidos, trazendo desafios de ignição e temperaturas criogênicas. Isso exige adaptações na plataforma de lançamento do Falcon 9 para permitir o abastecimento do pousador imediatamente antes da decolagem. A missão precisa ser rápida, devido ao gradual escape do combustível devido ao fenômeno conhecido como “boil-off”.
Caso tudo corra bem, a IM-1 será a primeira missão privada a realizar um pouso suave na Lua e a primeira alunissagem dos EUA desde a missão lunar Apollo, há meio século. A expectativa é de que a IM-1 chegue à cratera Malapert A na semana que vem, no dia 23, uma região do polo sul lunar que é uma das candidatas a receber a missão Artemis 3 prevista para setembro de 2026, com a qual a Nasa espera ver humanos novamente caminhando no satélite. Esta missão representa um marco na exploração espacial, mostrando avanços significativos na busca pelo retorno do homem à lua, além de representar um importante passo na iniciativa de missões comerciais para o espaço.