Região do Rio Grande do Sul enfrenta devastação após fortes chuvas, com mais de 95 mortos e milhares desabrigados.

O Rio Grande do Sul enfrenta uma situação caótica devido às fortes chuvas que atingiram a região nas últimas semanas. Segundo informações da Defesa Civil, mais de 400 mil pontos ficaram sem energia e 500 mil sem água, impactando a vida de milhares de pessoas.

O número de mortos em decorrência das chuvas ainda se mantém em 95, mas há 128 desaparecidos e 372 feridos, o que indica que o número de vítimas pode aumentar nos próximos dias. A tragédia atingiu 414 dos 497 municípios do estado, afetando cerca de 83% da região gaúcha.

Além disso, mais de 66 mil pessoas estão desabrigadas e 158 mil desalojadas, sendo realocadas em alojamentos cedidos pelo poder público. Escolas também foram afetadas, com a suspensão das aulas em mais de 2.300 unidades e mais de 327 mil alunos impactados.

A situação no estado é comparada ao furacão Katrina, que devastou a região metropolitana de Nova Orleans em 2005. A falta de prevenção de desastres naturais e a inexistência de uma coordenação centralizada de decisões têm sido destacadas por profissionais de saúde como fatores que contribuíram para a dimensão da tragédia.

O governo gaúcho emitiu alerta para o risco de enchentes nos municípios próximos à Lagoa dos Patos, devido à previsão de chuvas intensas e queda de temperatura. A Defesa Civil está mobilizando esforços para atender às vítimas, recebendo doações na Central Logística em Porto Alegre.

A população é orientada a não retornar às áreas alagadas ou sob risco de movimentos de massa devido ao alto grau de perigo, tanto em relação à condição física quanto à saúde pública. A situação no Rio Grande do Sul é de extrema emergência, com a necessidade urgente de apoio e solidariedade para superar essa crise sem precedentes.

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