Em março de 2018, ocorreu um embate significativo entre os dois durante uma sessão que discutia doações de campanha. Naquela época, o STF estava perto de decidir sobre um pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula no âmbito da Lava Jato. Gilmar criticava, de forma indireta, uma tentativa de manipulação da discussão de temas no tribunal.
Barroso interrompeu Gilmar e o chamou de “pessoa horrível”, que fazia um comício cheio de ofensas e grosserias, ofendendo outros ministros também. Barroso ainda disse que Gilmar era a “mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia”. O confronto continuou com Barroso dizendo que Gilmar era uma vergonha para o tribunal e sempre estava atrás de interesses que não eram os da Justiça. Gilmar retrucou recomendando que Barroso fechasse seu escritório de advocacia.
Em outubro de 2017, Barroso acusou Gilmar de ter parceria com a leniência em relação à criminalidade do colarinho branco. Gilmar respondeu dizendo que Barroso foi o responsável por soltar o petista José Dirceu. Barroso também foi alvo de críticas, com Gilmar dizendo que não era advogado de bandidos internacionais, em referência ao italiano Cesare Battisti, para quem Barroso advogou antes de assumir o cargo de ministro.
É inegável que a relação entre Barroso e Gilmar é tensa e marcada por divergências. Os dois ministros, apesar de pertencerem ao mesmo colegiado, têm posturas e posicionamentos diferentes em relação a importantes temas como a Lava Jato. Esses embates públicos entre eles acabam gerando polêmica e questionamentos sobre a imparcialidade da corte.
No entanto, mesmo com as divergências, é importante ressaltar que o Supremo Tribunal Federal é composto por ministros responsáveis por julgar casos complexos e de grande relevância para o país. É necessário que os ministros mantenham a serenidade e o respeito mútuo em suas atuações, garantindo a justiça e a imparcialidade nas decisões tomadas.
