Dentre os crimes que os investigados podem responder, estão organização criminosa, lavagem de capitais, extorsão e apropriação indébita. A Operação Fim da Linha, realizada no dia anterior, resultou na prisão de seis pessoas e no cumprimento de 52 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados às empresas Upbus e Transwolff, responsáveis por atender quase 700 mil passageiros na capital paulista.
Essa ação contou com apoio de diversos órgãos, como a Polícia Militar, Receita Federal e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). As investigações revelaram movimentações financeiras suspeitas envolvendo duas figuras-chave: Silvio Cebola e Décio Português, que teriam utilizado mais de R$ 20 milhões em recursos obtidos de atividades ilegais para criar a Upbus na zona Leste de São Paulo.
Além disso, a Transwolff também foi alvo das investigações, com destaque para um suspeito conhecido como Pandora. Segundo o MP, esse indivíduo teria se utilizado do grupo econômico TW/COOPERPAM para cometer uma série de crimes, incluindo apropriação indébita, extorsão, lavagem de dinheiro e fraudes licitatórias.
Diante desse cenário, a Justiça determinou que as operações das linhas ficarão sob responsabilidade da SPTrans. As investigações seguem em andamento para descobrir a extensão dos crimes cometidos por essas empresas de ônibus e seus envolvidos. Cabe agora aos órgãos competentes e à justiça aprofundar as apurações e garantir que a lei seja cumprida.