Ministério Público de SP denuncia 26 envolvidos em esquema de lavagem em empresas de ônibus ligadas ao PCC.

Nesta quarta-feira, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de São Paulo fez uma denúncia que abalou as estruturas de duas empresas de ônibus. Um total de 26 suspeitos foram apontados como envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro que teria ligação com o tráfico de drogas promovido pelo PCC.

Dentre os crimes que os investigados podem responder, estão organização criminosa, lavagem de capitais, extorsão e apropriação indébita. A Operação Fim da Linha, realizada no dia anterior, resultou na prisão de seis pessoas e no cumprimento de 52 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados às empresas Upbus e Transwolff, responsáveis por atender quase 700 mil passageiros na capital paulista.

Essa ação contou com apoio de diversos órgãos, como a Polícia Militar, Receita Federal e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). As investigações revelaram movimentações financeiras suspeitas envolvendo duas figuras-chave: Silvio Cebola e Décio Português, que teriam utilizado mais de R$ 20 milhões em recursos obtidos de atividades ilegais para criar a Upbus na zona Leste de São Paulo.

Além disso, a Transwolff também foi alvo das investigações, com destaque para um suspeito conhecido como Pandora. Segundo o MP, esse indivíduo teria se utilizado do grupo econômico TW/COOPERPAM para cometer uma série de crimes, incluindo apropriação indébita, extorsão, lavagem de dinheiro e fraudes licitatórias.

Diante desse cenário, a Justiça determinou que as operações das linhas ficarão sob responsabilidade da SPTrans. As investigações seguem em andamento para descobrir a extensão dos crimes cometidos por essas empresas de ônibus e seus envolvidos. Cabe agora aos órgãos competentes e à justiça aprofundar as apurações e garantir que a lei seja cumprida.

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