Lula desembarca em Berlim para reuniões com líderes do Partido Social-Democrata alemão, marcando nova etapa nas relações bilaterais entre Brasil e Alemanha.

Lula é a esperança do Brasil para o fim da política de divisão e provocação de Jair Bolsonaro”, escreveu Schulz no Twitter sobre o encontro. “Boa sorte nos próximos meses!” Em agosto de 2022, semanas antes das eleições presidenciais brasileiras, Olaf Scholz divulgou um vídeo de apoio a Lula em suas redes sociais. “Lula é o candidato da esperança para o Brasil. A relação de confiança entre nossos países e cidadãos é de importância estratégica. Só juntos podemos vencer cobiça e crimes ambientais e a grave crise humanitária que o mundo enfrenta”, disse Scholz. A Alemanha é o maior parceiro comercial da América do Sul e foi justamente com a parceria europeia que Lula vislumbrou solucionar questões econômicas internas de seu governo. Muitos dos investimentos estrangeiros que o Brasil recebe vêm de empresas alemãs. Após as eleições de 2022, Lula recebeu felicitações de Norbert Walter-Borjans e Dietmar Nietan, por exemplo, e em poucas semanas Olaf Scholz, então chanceler federal alemão, visitou o Brasil. Logo após assumir, acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Heiko Mass, Scholz se encontrou em Brasília com o chefe de Estado para tratar do avanço das relações bilaterais entre os dois países, questões climáticas e a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

As relações políticas e diplomáticas que marcam a longa ligação entre o PT e o SPD certamente terão ramificações após a nomeação de Scholz para suceder Merkel como chanceler federal alemão e a eleição de Lula para um novo mandato na Presidência do Brasil. Não apenas por questões de cooperação econômica e solidariedade em temas de direitos humanos, mas também no contexto político local dos dois países. Aqui, caro leitor, encerramos nossa breve viagem pela intrincada relação entre dois dos principais partidos políticos do Brasil e da Alemanha, que, como vimos, já compartilharam muitas travessias juntos e se preparam para novos capítulos nesse encontro de duas histórias que se confundem por laços entre sindicatos, pleitos regionais, declarações públicas de líderes e uma extensa rede de relações pessoais, desde o auge da Guerra Fria. Convidamos nossos leitores a acompanhar de perto o desenrolar dessa história, que está longe de ser encerrada.

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