Michael Cohen, ex-assessor de Trump, é peça chave nesse processo, já que teria feito um pagamento à atriz pornô Stormy Daniels para silenciar sobre um suposto caso com o empresário. Posteriormente, Trump teria reembolsado Cohen através da empresa, disfarçando os valores como despesas legais, o que configuraria violação das leis de Nova York.
O início do julgamento levanta ainda mais polêmicas, com Trump acusando o promotor Alvin Bragg de perseguição política e questionando a imparcialidade do júri, sob a alegação de que a seleção está acontecendo durante a campanha eleitoral. O ex-presidente também tem criticado o juiz do caso e possíveis testemunhas, como Cohen e Daniels, sugerindo que estão mentindo.
Além do impacto judicial, o desfecho do julgamento pode influenciar diretamente as eleições, visto que uma condenação poderia afetar significativamente o apoio de eleitores independentes a Trump. Com a disputa acirrada contra Joe Biden, o republicano tem buscado adiar o julgamento, mas teve seus pedidos negados pela corte de apelação.
A acusação contra Trump em Nova York busca provar que a falsificação dos registros financeiros estava relacionada a outros possíveis crimes, como delitos eleitorais e violações ligadas ao financiamento de campanha. A defesa, por sua vez, tentará argumentar que o caso se trata de uma questão privada com violações técnicas de registro financeiro, minimizando seu impacto.
Embora haja a possibilidade de Trump ser condenado a até 4 anos de prisão, é comum que casos desse tipo resultem em sentenças sem encarceramento, especialmente para réus primários em casos não violentos. Este é apenas o primeiro julgamento de uma série de processos criminais contra o ex-presidente, que podem ter desdobramentos durante todo o ano.