O advogado Deepak Gupta, que já defendeu casos perante a Suprema Corte dos EUA, expressou dúvidas de que os juízes estejam satisfeitos por entrar nessa briga pelo futuro de Donald Trump. No entanto, ele observa que o tribunal não terá outra escolha a não ser enfrentar essas questões importantes. Gupta ressalta que os juízes terão que agir com “velocidade incomum e, esperamos, de uma forma que não divida ainda mais nosso país profundamente dividido. Essa é uma tarefa assustadora e nada invejável.”
O caso em questão levanta questões espinhosas para a democracia dos EUA, já que, na ausência de intervenção da Suprema Corte, os Estados poderiam aplicar seus próprios padrões de elegibilidade para o cargo. Atualmente, a maioria conservadora de 6 votos a 3 na Suprema Corte inclui três juízes nomeados por Trump, o que torna a situação ainda mais complexa.
Além do Colorado, outros Estados, como Maine e Michigan, também estão envolvidos nessa disputa que poderá influenciar o resultado das eleições presidenciais. Segundo analistas políticos não partidários, Colorado e Maine são Estados com tendência democrata, que provavelmente não votariam em um candidato presidencial republicano na eleição presidencial.
Para Erwin Chemerinsky, reitor da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia em Berkeley, a Suprema Corte deveria “aceitar o caso e resolver logo e para todo o país se Trump pode estar na cédula eleitoral”. A controvérsia em torno da elegibilidade de Trump continua a lançar sombras sobre o cenário político dos EUA, com repercussões que podem ter um impacto duradouro na democracia do país.