Investimento em crédito privado supera fundos multimercados e CDI, oferecendo maior retorno e menor volatilidade, aponta Índice Idex-CDI.

Investir em renda fixa é uma estratégia comum entre os investidores, e é possível dividir os títulos de acordo com o emissor em duas categorias: público e privado. Os títulos privados, emitidos por empresas e bancos, apresentam um maior risco e, consequentemente, oferecem um prêmio no retorno. No entanto, será que esse prêmio é mais vantajoso do que outras alternativas de investimento?

Para avaliar o desempenho de um ativo, costuma-se utilizar índices que simulam o investimento médio na classe de ativos. Por exemplo, o Ibovespa é frequentemente usado como uma referência para investimentos em Bolsa de Valores.

No Brasil, o índice mais acompanhado para simular o investimento em crédito privado é o Idex, produzido pela renomada gestora de recursos JGP. Existem dois índices de crédito privado: o Idex-CDI, que mede o retorno de debêntures referenciadas ao CDI, e o Idex-Infra, que mensura o retorno de debêntures de infraestrutura referenciadas ao IPCA.

O gráfico apresenta a evolução de um investimento de R$ 100 mil nos últimos cinco anos no Idex-CDI, no IHFA (índice de fundos multimercados) e no CDI. Durante esse período, ocorreram dois eventos extremos que abalaram a confiança dos investidores em relação aos investimentos em crédito privado: a pandemia em 2020 e casos como o da Americanas e Light no início deste ano.

Mesmo diante desses eventos extremos, o investimento no Idex-CDI, representado pela linha verde, superou o investimento médio em fundos multimercados e o CDI. Além de apresentar um maior retorno, o investimento em crédito privado também registrou uma menor volatilidade, ou seja, menos oscilações, em comparação com os fundos multimercados.

Existem diversas formas de realizar esse investimento em crédito privado, como por meio de títulos emitidos por bancos médios, que oferecem um maior retorno e contam com a garantia do FGC, ou através de títulos corporativos, como debêntures, CRIs e CRAs. Também é possível investir em fundos de investimento que aplicam nesses títulos.

Com as taxas de juros elevadas no momento, é possível obter ganhos interessantes a longo prazo, como taxas prefixadas de 15% ao ano ou taxas referenciadas ao IPCA e isentas de imposto de renda, de IPCA + 7% ao ano. Essas taxas são superiores às dos títulos públicos e até mesmo aos rendimentos de ativos de renda variável, como as ações.

Portanto, quando bem feitas, essas aplicações podem proporcionar uma maior rentabilidade com riscos adequados. São excelentes alternativas de investimento, especialmente para aqueles que buscam diversificar sua carteira e obter retornos mais atrativos.

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