No PL, o coronel é considerado um nome de difícil aceitação do eleitorado devido à sua postura de apoio radical ao ex-presidente e às controvérsias em que se envolveu como comandante da Rota e presidente do Ceagesp. O grupo defende o nome da delegada Raquel Gallinati, como revelou o Painel. Suplente de deputada estadual, Gallinati foi pensada como alternativa para agradar a ala bolsonarista do partido, uma vez que faz parte das forças de segurança e é apoiadora do ex-presidente.
Já na base bolsonarista do PL, há apoio a Mello, mas também com ceticismo. O grupo enxerga uma estratégia de Valdemar Costa Neto, presidente do partido, de desgastar Mello Araújo ao expor seu nome amplamente faltando oito meses para a eleição, visando abrir espaço para uma alternativa, que poderia ser a própria Raquel Gallinati.
Ricardo Nunes encomendou uma pesquisa com os nomes de Araújo, Gallinati, Tomé Abduch (deputado estadual do Republicanos-SP) e Sonaira Fernandes (secretária estadual de Políticas para a Mulher Republicanos-SP). No entanto, no bloco de apoio do emedebista, a avaliação é a de que os nomes do Republicanos têm pouca chance de vingar, visto que o PL, como maior partido da aliança, teria prioridade na escolha do vice.
Assim, apesar da indicação de Ricardo Mello Araújo para vice de Ricardo Nunes, a situação segue incerta e a escolha definitiva só será feita após negociações e pesquisas que poderão indicar outros nomes mais favoráveis para compor a chapa do prefeito de São Paulo.