A empresa, por sua vez, afirmou estar atenta a todos os desdobramentos e solidária à população, conforme a situação se desenrola. Além disso, o governador anunciou que a área esvaziada deverá ser transformada em um parque estadual, em respeito à memória dos ex-moradores que construíram suas vidas ali.
O desabamento ocorreu por volta das 13h15 e, felizmente, a área já havia sido desocupada, o que evitou vítimas. A mina 18 estava sob monitoramento devido a abalos sísmicos e afundamento, e a velocidade de afundamento se acelerou, atingindo 0,54 cm/h no último sábado, segundo boletim emitido pela Defesa Civil.
As operações na mina haviam sido interrompidas em 2019, após os primeiros sinais de afundamento do solo, e a empresa vinha trabalhando para preencher as cavidades de 35 minas no local. A cidade de Maceió já estava em estado de emergência por 180 dias desde o final de novembro, conforme determinação do prefeito JHC.
O desabamento confirmou as previsões do professor de engenharia civil da UFAL, Abel Galindo, que alertava sobre a possibilidade de colapso desde 2010. Agora, Galindo destaca a importância de um estudo amplo para medir os impactos na região, já que todos os grupos que acompanhavam a mina perderam seus equipamentos após o desabamento. Equipes apoiadas pelo poder público planejam realizar voos sobre o local e expedições a barco para avaliar a situação.
Com o objetivo de compensar os moradores afetados, a desapropriação da área e a transformação em um parque estadual são medidas que visam amenizar os impactos do desastre em Maceió. A Braskem continua sob escrutínio e mais desdobramentos sobre o caso são aguardados nos próximos dias.
