General Augusto Heleno intimado a depor sobre suposto esquema ilegal na Abin; PF investiga Carlos Bolsonaro e busca provas.

O general Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi intimado a prestar depoimento no âmbito da investigação da Polícia Federal. A PF está apurando um suposto esquema de produção de informações ilegais dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo informações, o depoimento está marcado para a próxima terça-feira (6).

As autoridades deflagraram uma operação chamada “Vigilância Aproximada” nesta segunda-feira (30) para identificar os “principais destinatários e beneficiários” de informações produzidas clandestinamente pela Abin. Carlos Bolsonaro, vereador pelo partido Republicano e filho do ex-presidente, seria um dos alvos da operação.

As mensagens obtidas pelos investigadores apontam que Carlos Bolsonaro usava assessores para obter dados ilegais por meio de servidores ligados ao ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem. Como parte da operação, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em várias localidades, incluindo Rio de Janeiro, Brasília, Formosa (GO) e Salvador (BA).

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é uma agência de inteligência do Brasil, responsável por proteger os interesses nacionais e pela produção e avaliação de informações estratégicas. O fato de a instituição estar supostamente envolvida em um esquema ilegal de produção de informações traz à tona questões de segurança nacional e transparência nas agências de inteligência do país.

O ex-presidente Jair Bolsonaro ainda não se manifestou publicamente sobre as acusações, mas o caso tem gerado grande repercussão na mídia nacional e internacional. A família Bolsonaro já enfrentou diversas polêmicas e escândalos desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência do Brasil em 2019, e este episódio lança mais uma sombra sobre o clã.

A intimação do general Augusto Heleno para prestar depoimento na investigação da PF é mais um capítulo de um cenário político conturbado no Brasil. A transparência nas atividades das agências de inteligência e o cumprimento das leis em vigor são questões vitais para a democracia e o Estado de direito. O desdobramento desse caso será de interesse público e pode ter impacto tanto no cenário político quanto no judiciário brasileiro.

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