Os detentos fugiram de duas prisões no mesmo complexo, sendo que pelo menos dois deles já foram localizados pela polícia, que mobilizou helicópteros e policiais em motos para reforçar a segurança na região. Além disso, a prisão do Litoral abriga alguns dos líderes do narcotráfico mais perigosos do Equador, contribuindo para a sensação de insegurança na cidade.
O aumento da violência e do tráfico de drogas no Equador tem sido motivo de preocupação nos últimos anos, com os cartéis de drogas da Colômbia e do México estabelecendo conexões no país. Nas prisões equatorianas, os narcotraficantes utilizam esses locais como centros de operações, conduzindo atividades criminosas e ordenando assassinatos. Além disso, a população civil e empresas têm sido alvo de práticas de extorsão conhecidas como “vacunas”.
A crise de segurança em Guayaquil tem gerado desinformação e pânico na população, agravada pela fragilização da imprensa independente local, que sofreu com o fechamento de veículos de comunicação durante a pandemia de coronavírus. Além disso, grupos criminosos mantêm reféns, incluindo guardas de prisões e funcionários administrativos.
Diante desse cenário, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que o governo do recém-empossado Daniel Noboa enfrente a crise de forma proporcional, respeitando o direito internacional e os direitos humanos. Já a Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou as ações violentas dos grupos criminosos armados.
A situação em Guayaquil demanda medidas urgentes e efetivas por parte das autoridades, visando restabelecer a segurança na cidade e enfrentar a influência dos cartéis de drogas. Enquanto isso, a população vive sob o clima de insegurança e incerteza, aguardando por soluções que possam garantir a paz e a estabilidade na região.