França apoia adesão de Alemanha, Japão e Índia ao Conselho de Segurança da ONU, mas enfrenta resistência de Rússia e China.

A França manifestou oficialmente seu apoio à adesão da Alemanha, Japão e Índia ao Conselho de Segurança da ONU, além de defender uma maior representatividade dos países africanos no órgão. Essa posição foi revelada em documentos da chancelaria francesa e evidencia o interesse do país europeu em promover mudanças nas estruturas de poder da organização internacional.

No início de março, os quatro países mencionados apresentaram um projeto de reforma do Conselho de Segurança, propondo a ampliação do número de membros para 25 ou 26, o que representaria um acréscimo de onze na formação atual. Uma das medidas mais polêmicas do projeto é a suspensão do uso do veto por parte dos novos membros durante um período de 15 anos, visando garantir uma maior fluidez nas decisões do órgão.

No entanto, a proposta enfrenta resistência por parte da Rússia, que se posicionou contrariamente à expansão sugerida. O governo russo argumenta que um Conselho de Segurança com mais de 20 países seria menos eficiente e correria o risco de entrar em paralisia. O Kremlin destacou que não concordaria com a inclusão de países ocidentais como a Alemanha, mas poderia aceitar a entrada do Brasil e Índia.

Por sua vez, a China também se manifestou contra o modelo apresentado, classificando a proposta como “completamente mal-orientada”. Pequim argumenta que a ampliação do Conselho de Segurança apenas aumentaria o desequilíbrio de poder entre as grandes potências e o restante do mundo, demonstrando sua oposição à reforma pretendida pelos quatro países.

Nesse contexto de divergências e posicionamentos distintos, a discussão sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU segue em curso, com diferentes potências globais defendendo suas perspectivas e interesses. A questão da representatividade e da eficácia do órgão continua sendo um tema relevante e complexo nas relações internacionais.

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