Eduardo Paes encerra janela partidária fazendo acenos a conservadores e resistindo à pressão do PT pela vice no Rio de Janeiro

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), encerrou a janela partidária com estratégias que visam atrair conservadores e ampliar suas alianças para a disputa pela reeleição em outubro. Paes tem como principal meta conquistar o apoio da União Brasil, PP e MDB, que possuem ligações com o bolsonarismo no estado. Além disso, ele busca fortalecer alianças com líderes evangélicos para expandir sua base de apoio.

A resistência de Paes em ceder a vice na chapa tem causado pressões do PT, que busca um espaço na campanha. No entanto, o prefeito mantém sua estratégia de ampliar coalizões para evitar a nacionalização da disputa, principalmente por parte do deputado Alexandre Ramagem, indicado por Jair Bolsonaro para concorrer.

Até o momento, o único aliado de Paes do campo conservador é o Republicanos, mas ele também fechou acordos com siglas de centro-esquerda, como PT, PSB e PDT. A dificuldade em negociar a vice se dá pela escolha estratégica do prefeito em manter um aliado próximo para a sucessão do governo estadual em 2026.

Paes tem buscado apoio de lideranças partidárias e figuras evangélicas influentes no estado, como Deangeles Percy, coordenador político da Igreja Universal, e o pastor Abner Ferreira, da Assembleia de Deus. Além disso, ele trabalhou na reconciliação com Rodrigo Bethlem, atual consultor político de figuras conservadoras, como Marcelo Crivella.

As movimentações à direita de Paes coincidem com a pressão do PT pela vice na chapa. Gleisi Hoffmann, presidente do partido, tem liderado as ações nesse sentido, ameaçando exigir o apoio da legenda. Paes conta com a intervenção de Lula para equilibrar a disputa e fortalecer suas alianças, visando uma campanha mais ampla e competitiva nas eleições municipais.

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