O Instituto Argonauta recebeu o aviso da existência das baleias mortas próximo à ilha e, por isso, sua equipe foi até o local na manhã de quarta-feira. Ao chegarem à ilha, a equipe só encontrou uma das baleias, próxima à Praia do Sul. Ela foi rebocada pelo barco e ancorada do outro lado da ilha, em uma parte sem acesso público.
A baleia será deixada para que se decomponha naturalmente. Materiais biológicos como pele e músculos foram coletados para identificação da espécie. A baleia tinha cerca de 12 metros de comprimento e apresentava indícios de que fosse um exemplar adulto. Já o outro exemplar avistado morto pode ter afundado no mar.
Os exames dos materiais biológicos retirados da baleia resgatada vão permitir a identificação da espécie, mas dificilmente apontarão a causa da morte, devido ao estado de decomposição do animal. O presidente do Instituto Argonauta, oceanógrafo Hugo Gallo Neto, explicou que o procedimento de ancorar a baleia pelo rabo é o melhor método para que o animal se decomponha naturalmente no ambiente marinho. Ele sinalizou que a espécie pode ser uma baleia-de-bryde (Balaenoptera brydei), conhecida como baleia tropical.
Segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, a baleia-de-bryde está classificada no grupo de “menor preocupação”. No entanto, a espécie sofre com os impactos causados pela pesca, os efeitos das mudanças climáticas e alterações no ambiente marinho. A espécie é comum na região Sudeste e pode chegar a 16,5 metros de comprimento.
O Instituto Argonauta continuará acompanhando a situação e aguarda os resultados dos exames para maiores informações sobre a causa da morte das baleias. As autoridades locais também estão atentas para garantir que a presença desses animais mortos não represente riscos ambientais para a região.