Gustavo Gayer, eleito pela plataforma bolsonarista, é acusado por professores goianos de promover uma campanha de perseguição à profissão. Em resposta, os professores passaram a se organizar para protestar contra as ações do deputado, criando o grupo “Contra a Censura” no Whatsapp. Entretanto, o link de acesso ao grupo chegou aos apoiadores do parlamentar, que trocaram ofensas com os professores. Em contrapartida, o administrador, Fabrício Rosa, anunciou a criação de um segundo grupo para agendar reuniões contra o deputado e seus seguidores.
O deputado utilizou capturas de tela para alegar ter sido alvo de ameaças de morte, e apresentou um boletim de ocorrência contra Fabrício. Gayer também solicitou à Polícia Federal a permissão para portar arma de fogo, alegando ter sido vítima de ataques e recebido ameaças contra sua vida e de sua família. No entanto, o pedido foi negado pelo delegado responsável, que alegou falta de prova suficiente dos fatos narrados.
O caso foi levado à Justiça, mas o pedido de liminar para garantir o porte de armas foi negado. O juiz afirmou que não havia demonstração da efetiva necessidade do porte e que não existiam informações sobre ameaças concretas à integridade física do deputado. O Ministério Público também emitiu parecer negando a permissão para Gayer andar armado, destacando que ele já possuía uma pistola para garantir sua segurança patrimonial e familiar em sua residência.
O deputado foi acionado para se pronunciar sobre a recusa da Justiça em conceder o porte de armas, mas não houve resposta até o momento. Enquanto enfrenta essa dificuldade, Gayer também lidou com problemas decorrentes do boletim de ocorrência, com Fabrício Rosa sendo intimado pela Polícia Civil. Ele se referiu a seus seguidores radicais ao falar sobre “filhotes” e “filhotes de fascistas” e afirmou que o grupo era contra o mandato do deputado.
O Ministério Público de Goiás acatou a versão de Fabrício e pediu o arquivamento do processo, considerando que não havia elementos suficientes para caracterizar o crime. Por outro lado, as declarações de Gayer na CPI acusando Fabrício de atentar contra a segurança de seus filhos chegaram ao conhecimento da PGR, que o intimou para esclarecimentos. Caso a resposta não justifique suas acusações, o parlamentar pode responder por crimes contra a honra.
O gabinete do deputado foi acionado para comentar sobre as recentes ações judiciais e problemas com professores, mas até o momento não houve resposta. A situação continua a gerar controvérsias e movimentações legais, enquanto as disputas entre o deputado e os professores se mantêm em destaque.