Deputada aciona Ministério Público para investigar aumento de assessores de secretário da Segurança Pública de São Paulo.

A deputada estadual paulista Ediane Maria, do PSOL, tomou uma atitude importante na última terça-feira (27) ao acionar o Ministério Público de São Paulo para solicitar uma investigação sobre o aumento significativo no número de assessores policiais militares à disposição do secretário da Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite. Segundo a deputada, esse aumento foi de quase um terço e gerou um contingente popularmente conhecido como “exército de capitães de Derrite”.

De acordo com informações divulgadas pela imprensa, houve um aumento de 32% no efetivo de assessores PMs na Secretaria de Segurança, passando de 183 em novembro de 2022 para 241 em novembro de 2023, já na gestão de Tarcísio de Freitas. Esse crescimento vai na contramão do restante do estado, que tem enfrentado reduções no efetivo da PM em diversas regiões, inclusive na Baixada Santista, que vive uma crise de segurança sem precedentes.

A deputada Ediane Maria destacou a preocupação com a realocação de policiais de outros batalhões de forma eventual, sem critérios técnicos claros, durante operações como a Escudo e o Verão. Ela ressaltou a importância de os recursos públicos serem utilizados de maneira adequada para garantir a segurança da população, seguindo critérios técnicos e não interesses pessoais.

Além disso, a deputada denunciou também uma série de trocas na cúpula da PM realizadas por Derrite, que envolvem críticas às operações policiais letais na Baixada Santista e defesa da ampliação do uso de câmeras corporais na tropa. Essas ações têm sido motivo de preocupação e críticas por parte da deputada e de oficiais ouvidos pela imprensa.

Essa não é a primeira vez que Ediane Maria aciona o Ministério Público para investigar a conduta de Derrite, já tendo realizado uma representação anterior sobre a Operação Verão, que resultou em uma série de confrontos letais entre policiais e civis. A deputada argumenta que a segurança pública deve estar focada na proteção da população e não em ações que gerem mais violência e mortes.

Em resposta, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que a medida de aumentar o efetivo de assessores para autoridades está dentro da legislação e segue critérios técnicos. No entanto, a denúncia da deputada levanta questionamentos sobre a gestão de recursos e a priorização da segurança da população no estado de São Paulo. A investigação aberta pelo Ministério Público será importante para esclarecer essas questões e garantir a transparência e o bom uso dos recursos públicos na área de segurança.

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