Segundo o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, a situação humanitária na Faixa de Gaza atingiu um nível crítico, com o risco de fome elevado e aumentando a cada dia. Em apelo urgente, o diretor-geral pediu um cessar-fogo para permitir a entrega de ajuda humanitária à região.
O representante da OMS na região, Richard Peeperkorn, denunciou o veto de Israel a missões da agência para o norte de Gaza. Das 15 iniciativas solicitadas pela OMS, oito foram negadas e quatro não puderam ser realizadas devido à destruição de estradas, dificultando ainda mais a entrega de ajuda à população necessitada.
Além disso, a agência estima que oito mil palestinos precisam urgentemente ser levados para hospitais fora do país, mas menos de 300 foram socorridos até o momento, revelando um grave problema de acesso a cuidados médicos essenciais.
O governo de Israel vem sendo acusado de realizar uma intensa operação contra as agências internacionais, impedindo a entrega de assistência humanitária e acusando a OMS de “conluio com o Hamas”, denúncia rejeitada por Tedros Ghebreyesus.
De acordo com a Unicef, 17 mil crianças estão hoje desacompanhadas em Gaza, enfrentando condições extremamente precárias e perigosas.
O Escritório Humanitário da ONU descreve a situação na Faixa de Gaza como uma “panela de pressão de desespero”, temendo as consequências catastróficas que podem ocorrer se a ajuda humanitária necessária não chegar de forma imediata.
Diante desses relatos alarmantes, a comunidade internacional é instada a tomar ações urgentes para garantir a proteção e o cuidado da população civil na Faixa de Gaza, a fim de evitar uma catástrofe humanitária ainda maior.