Um dos pontos levantados pela organização foi a disparidade existente na moderação de conteúdo nas redes sociais, especialmente em relação às línguas marginalizadas. Enquanto o português representa a sexta língua mais utilizada na internet, com 3,35% de todo o conteúdo online, o inglês lidera com 26%, seguido pelo chinês com 13% e o espanhol com 8%.
Além disso, a Conectas também abordou a questão da produção de campanhas de desinformação em larga escala, utilizando ferramentas de inteligência artificial generativa, o que pode comprometer o direito à informação e à privacidade. A disseminação de deepfakes, ou falsificações profundas, não só confunde os cidadãos, mas também afeta negativamente os processos eleitorais, promovendo a misoginia, o racismo e o ódio contra grupos historicamente vulneráveis, intensificando a violência política.
Diante desse panorama preocupante, a Conectas pretende levar essas questões para a ONU, buscando sensibilizar os órgãos internacionais para a necessidade de ações efetivas que garantam a proteção da democracia e dos direitos humanos diante dos desafios impostos pela era digital. A organização reforça a importância de um esforço conjunto para enfrentar essas questões e promover um ambiente online mais seguro e democrático para todos os cidadãos.
