Segundo dados da Comissão Nacional da Verdade, mais de 8.350 indígenas foram mortos durante as décadas de 1946 a 1988, seja por ação direta do Estado ou por omissão. Joenia destacou que a verdade sobre esses acontecimentos precisa ser conhecida pela sociedade brasileira e que o perdão deve ser acompanhado de ações efetivas para corrigir os danos causados.
Além disso, a presidente da Funai frisou a importância de reconhecer a diversidade dos povos indígenas, que ultrapassam os 300 grupos existentes atualmente. Joenia, que foi a primeira mulher indígena eleita deputada federal no Brasil, atuou na Câmara dos Deputados com projetos relacionados ao combate ao garimpo ilegal e ao enfrentamento da pandemia de Covid-19 entre os indígenas.
A mudança do Dia do Índio para Dia dos Povos Indígenas, proposta por Joenia durante seu mandato no Congresso, foi um marco importante para reforçar a identidade coletiva dessas comunidades e evitar estigmas relacionados à nomenclatura anterior. Sua atuação como advogada e ativista na defesa dos direitos indígenas, culminando em uma emocionante sustentação oral no STF em defesa da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, evidencia seu compromisso e engajamento na luta pelos direitos dessas comunidades.